domingo, 9 de setembro de 2007

“Toda a existência terrena está calcada nos instrumentos que servem para as manifestações espirituais e, infelizmente, a vossa excessiva dedicação a esses aparelhos viciou o nosso mundo emotivo, circunscrevendo as suas possibilidades ao ambiente terrestre, onde apenas possuís pálida réstia de luz na noite de um fraco raciocínio.

Não soubestes, contudo, dentro da pequenez educacional que vos foi parcamente ministrada, descerrar o velário angusto que encobre o santuário infinito da vida, acomodando-vos entre as acanhadas concepções, que vos foram impingidas pelas ideias religiosas e que amesquinham a grandeza do Criador do Universo, na fase do orbe que vindes de abandonar. Criar um local fantástico de gozo beatífico ou de sofrimento eterno e inelutável, centralizar a vida num globo de sombra, é, somente obra da ignorância desconhecedora da omnipotência e sabedoria divinas.

É que a vida não palpita, apenas, no mundo distante, onde abandonastes as vossas derradeiras ilusões: em toda a parte ela pulula triunfante e o veículo das suas manifestações é o que se diversifica na multiplicidade dos seus planos. Os mundos são a continuidade dos outros mundos e os céus sucedem-se ininterruptamente através dos espaços ilimitados”.

Cartas de uma Morta (Psicografia de Chico Xavier)

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