quarta-feira, 13 de maio de 2009

No teatro do mundo, a minha passagem actual não foi desenhada com a tua; os nossos caminhos nunca se cruzaram. E no entanto é a tua energia, é o teu amor que, maravilhado, vejo diluir-se no contributo da nossa Terra para o progresso da Criação. Possa eu um dia conseguir dar aos outros a imensidão que tu nos dás; e que a beleza sem fim que vejo emanar de ti (porque assim és), eu desejo que não seja nada perante tudo o que ainda serás! Incessemos o milagre da partilha dos mais nobres sentimentos com que Deus, ao gerar-nos para o Infinito, nos dotou. Finalmente nos libertamos da distância para onde nos projectámos quando nos afastámos dEle; a pouco vamos ganhando, pelas nossas lutas, pela aplicação das leis insuperáveis do Universo, alguma paz; e tudo aquilo que nos é mais precioso à luz da vida sem fim, tudo isso daremos a todos quantos ainda vagueiam na incerteza. Nada do que nos é dado é para nós; é-nos dado para partilharmos - porque também foi partilhado para nós: é esse o exemplo máximo do Cristo, na convivência da sua Ceia.

Sem comentários:

Enviar um comentário