terça-feira, 26 de maio de 2009

Pousas nos meus ombros as mãos agastadas pelos dias, e os braços perdem-se no cansaço. Um suspiro teu, quase inaudível, pergunta-me o porquê de tanto trabalho. Minha linda, deixa-me abraçar-te: acompanha as minhas mãos que atravessam as tuas costas e se cruzam bem na coluna, e depois dançam lentamente por todo o teu tronco. Assim bem perto, olhamo-nos nos olhos um do outro, entramos um no outro até às almas que se amam, e aí descobrimos que somos parte do Universo sem fim. Tal como ele é acção constante e harmoniosa, assim temos também de ser. O trabalho é o nosso treino para sermos infinitos. Temos de ser cada um o seu próprio Universo, infinito de beleza e perfeição, para podermos ser parte do todo a que pertencemos. O melhor exemplo para tal é Jesus, e o primeiro bem infinito que eu e tu partilhamos é o amor do reino que não é deste mundo.

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