domingo, 4 de outubro de 2009

As tuas sobrancelhas, com os pelinhos finos, alinhados, pequeninos, pretos sobre a pele lisa e branca. O teu olhar brilhante como uma gota pura de orvalho, quando o sol fresco da manhã a atravessa. A amálgama de cores nos teus olhos, como se dançassem a perfeição da tua beleza. É nestes dias, quando libertos dos afazeres que nos consomem as horas consignadas à vida dos homens, nestes dias, chova ou faça sol lá fora, é quando eu, bem junto de ti, vou olhando todos os pequenos pormenores do teu corpo, todos os detalhes que fazem de ti o que és, enquanto com as pontas dos dedos vou acompanhando os teus contornos. Desprendidos na cama, como dois náufragos que por fim encontraram uma ilha tropical, recuperamos das navegações tempestuosas da noite anterior.

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